O Projeto Rondon é uma iniciativa do governo brasileiro, coordenada pelo Ministério da Defesa, em colaboração com a Secretaria de Educação Superior do Ministério da Educação – MEC.Que visa desenvolver atividades sociais ,as quais trarão benefícios à comunidade local.Esse trabalho é realizado por estudantes onde eles juntos com a comunidade propagam socialmente,economicamente e culturalmente as riquezas da região.Esse procedimento é realizado em um período em torno de 15 a 20 dias,nos quais através de oficinas,palestras e eventos tem como objetivo agregar valores a sociedade regional.
Essa experiência se faz única na vida de qualquer estudante engajado em realizar atividades sociais,não é apenas um "levar conhecimentos" e sim uma troca destes.
Participamos essa semana de uma reunião referente a este projeto(projeto até então pouco conhecido),com relatos de pessoas que tiveram essa experiência impar,o que nos impulsionou a desejar também a fazer parte dessa história.Por isso desde já estamos engajadas em está presente no RONDON que será realizado em janeiro/fevereiro de 2011.
Depoimento de uma amiga que esteve presente no Rondon 2010
Era fácil observar os vários cantos do Brasil através dos rostos, sorrisos e sonhos dos jovens universitários de diversas partes do país, lançados no verdadeiro mapa brasileiro.
Entramos nos ônibus, ansiosos pelos nossos destinos, em parte desconhecidos, e no olhar a apreensão dividia espaço com o fascínio, em estradas longas e caminhos distantes, daquele momento único.
Copacabana e Gabriela de Jorge foram trocadas pela caatinga e pelo mandacaru que floresce mesmo quando não chove no sertão, e não é que choveu...
Chegamos em Antônio Gonçalves e a beleza do “Oásis do Sertão” nos fez questionar e pensar o porquê de estarmos ali, mas o tempo e a convivência com o seu povo nos revelaram os olhares das mulheres curiosas, os sorrisos cheio de carinho das crianças, a sabedoria convidativa e alegre dos idosos, sempre dispostos a recontar a sua história, além de todos os outros tipos do lugar.
Mergulhamos, profundamente, naquela comunidade e percebemos que, mesmo onde a terra é seca, existem condições para o nascimento de relações com raízes tão profundas como as do Jequitibá e que o poder de adaptação do ser humano não tem medidas ou barreiras geográficas.
Falamos de comunicação, saúde, trabalho, direito, tecnologia, educação, meio ambiente e cultura. Na prática e na conduta de extensão diária, recebemos cada uma daquelas teorias em dobro. Sim, naqueles dias tiramos o mapa da parede e andamos pelas dificuldades, carências e experiências do nosso povo; olhamos para dentro de nós mesmos, e pudemos cristalizar os conceitos acadêmicos aprendidos; e, sobretudo, reencontramos, na realidade sertaneja, o orgulho de sermos brasileiros, de não desistir nunca, de lutar para reconstruir o nosso mapa social em favor da igualdade.
Somos gratos por ter participado desta verdadeira lição de vida e de cidadania. Agora a história é outra, afinal missão dada é missão cumprida!
Tacila Aparecida de Sousa, acadêmica do curso de letras da Universidade de Santa Cruz - UESC, que atuou no município de Antônio Gonçalves - BA, durante a operação Centro-Nordeste 2010
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